Dos procedimentos realizados em 1999, 28.3% corresponde a FIV, 44.5% a ICSI e 11.3% a Hatching assistido, Soft/Tomi e combinação de procedimentos. Assim, as técnicas que incluem micromanipulação de gametas têm crescido de 3.7% dos procedimentos em 1993 a 66.8% em 1999.
A distribuição etárea das mulheres tratadas assinala que em 1999 a população de mulheres < 35 anos foi de 66.5% e de =40 anos, de 8.7%. Em 1999, estas cifras foram de 53.3% e 13.2%, respectivamente. Este ano repete-se o fato que os resultados não variam de acordo ao diagnóstico etiológico, obtendo-se resultados similares em todas as categorias.
A primeira vista, os dados não sugerem diferenças na taxa de gravidez ao transferir em 48 horas, 72 horas ou em blastocisto, sendo o número de casos ainda mais baixo para permitir uma análise rigorosa.
As taxas de gravidez clínica (TEC) e de partos com nascidos vivos por aspiração foram de 27.0% e 20.5% para FIV e de 26.5% e 19.9% para ICSI, respectivamente. 12.604 transferências realizadas deram origem a 3.845 nascidos vivos (1.898 únicos, 1.300 gêmeos, 155 trigêmeos e 92 quatrigêmeos ou mais). Em termos globais, assim como no interior de cada categoria diagnóstica, a TEC por aspiração diminue com a idade da mulher. O efeito da idade afeta de igual maneira a taxa de implantação.
Ao comparar em longitude e a taxa de gravidez por transferência em FIV, observa-se que desde 1995 aparece um aumento significativo que se expressa em cada ano. Igualmente, em 1999 a taxa de implantação em FIV é significativamente mais alta que a de 1995.
Em termos globais, a TEC continua sendo maior na medida em que aumenta o número de embriões transferidos tanto em FIV como em ICSI. Este aumento é significativo até a transferência de três embriões. A transferência de mais embriões não representa um aumento nas taxas de gestação, somente na taxa de gestação múltipla. A média de embriões transferidos neste ano foi de 3.2.
É importante destacar que pela primeira vez foi possível analisar o seguinte:
- A estimulação ovariana: em 69.6% dos ciclos que utilizou o FSH em forma exclusiva ou combinada com HMG. O uso de agonista continua sendo maioritário (89.9%), mas aparece pela primeira vez ciclos onde utliza-se antagonista (7.1%).
- Resultados de FIV e ICSI de acordo ao tamanho do centro: A taxa de gravidez em FIV não se viu afetada pelo tamanho do centro. O contrário aconteceu com o ICSI onde as taxas de gravidez e implantação obtidas pelos centros que realizam 200 ciclos ou mais foi significativamente maior.
Errata:
Página 44, segundo parágrafo deveria ser:
"Dos 42 abortos com avaliação cromossômica, reporta-se um total de 23 abortos com anomalias cromossômicas; 9 em FIV (a), 1 em Criopreservação (b) e 13 em ICSI (c).”
Os resultados são detalhados como segue:
(a) - 1 aborto com 47, XX +4
- 1 aborto com 47, XX +6
- 1 aborto com 47, XX + 15
- 2 abortos com Trissomia 18
- 1 aborto com 47, XY + 22
- 1 aborto com 48, XY + 2 + 9
- 1 aborto com 69, XXX
- 1 aborto com 92, XXXX
(b) - 1 aborto com Trissomia 22
(c) - 3 abortos com 45, X (Síndrome de Turner)
- 1 aborto com Trissomia 2
- 1 aborto com 47, XX + 16
- 1 aborto com 47, XY + 16
- 1 aborto com Trissomia 18
- 1 aborto com 47, XX + 21 (*)
- 2 abortos com Trissomia 21 (*)
- 1 aborto com Trissomia 22
- 1 aborto com 69, XXY
- 1 aborto com Tetrassomia 21, 13
- (*) abortos induzidos.