Nesta publicação aparecem os resultados dos procedimentos de Reprodução Assistida realizados em 13 países da América Latina durante 1997, em 78 centros afiliados à RED. São 11.530 ciclos terapêuticos começados e 9900 transferências que incluem entre outros: 3906 FIV, 177 GIFT, 3789 ICSI, 560 OD e 599 ciclos com embriões descongelados. Destes procedimentos, a maior parte realizaram-se no Brasil (45%) e na Argentina (21.2%). 39.5% dos ciclos transferidos corresponde aos procedimentos de FIV e 38.3% aos procedimentos de ICSI. 49 dos 78 centros realizaram procedimentos de ICSI.
A taxa de gravidez clínica (TEC) por aspiração e de partos com nascidos vivos foi de 23.1% e 17.9% para FIV, de 28.1% e 23.3% para ICSI. De 9900 transferências realizadas, nasceram 3105 crianças vivas (1488 únicos, 1072 gêmeos, 473 trigêmeos e 72 quadrigêmeos ou mais). Isto reflete nas taxas de gestação múltipla que foram de 29.3% para FIV e 27.7% para ICSI. Por outro lado, a TEC por transferência de embriões criopreservados (559 transferências) foi de 19.1%, dando origem a 69 partos com um mínimo de um recém-nascido vivo. Das 526 transferências com embriões pertencentes aos ciclos de OD, a TEC por transferência foi de 36.7% dando origem a 157 partos com um mínimo de um recém-nascido vivo.
Para a estimulação da ovulação utilizou-se em 80.9 % dos casos a combinação de GnRh + gonadotrofinas, sendo a TEC significativamente maior que nos ciclos nos quais usou-se só clomifeno ou gonadotrofinas ( 24.6% vs. 17.3% e 19.6%, respectivamente).
A TEC diminui quando aumenta a idade da paciente em todos os procedimentos. Ao interior de cada categoria de idade, as TEC não diferem em relação à categoria diagnóstica.
As taxas de implantação são significativamente superiores em mulheres menores de 35 anos em relação de 35-39 anos ao transferir de 1 a 4 embriões. Ao comparar mulheres de 35-39 anos em relação a 40 ou mais , as diferenças são signficativas somente ao transferir 5 embriões.
A "chance" de gestação em FIV aumenta significativamente até a transferência de 3 embriões, não existindo diferenças ao transferir 4. Contudo, não ocorre o mesmo em ICSI, onde a transferência de 4 embriões aumenta significativamente a chance de gestação em relação a 3 embriões. A estabilização ocorre ao transferir 5. Por outro lado, tanto em FIV como em ICSI em mulheres menores de 35 anos, a taxa de gestação múltipla (MG) é significativamente superior ao transferir 3 embriões em relação a 2. A taxa de gestação múltipla extrema (MG) não difere significativamente em mulheres menores de 35 anos em relação a mulheres de 35-39 anos, independente do número de embriões transferidos. O número de natimortos (10.4%) e neomortos (10.4%) aumenta significativamente nas gestações de quadrigêmeos, em relação às de trigêmeos e gêmeos.
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