Introdução. Apresentamos a vigésima quarta edição do Registro Latinoamericano de Reproducción Asistida (RLA). Esta edição relata os ciclos realizados por 155 centros em quatorze países, e corresponde ao terceiro relatório que registra informação individual, também chamado “registro caso a caso”.
Métodos: Todos os centros enviaram electronicamente a informação de ciclos de reprodução assistida iniciados no ano 2012; os dados foram incorporados à base de dados do RLA logo depois de ser confirmada sua consistência interna. Assim, um total de 47.326 procedimentos foram incluidos, que correspondem a 31.857 ciclos homólogos; 10.073 ciclos de FET (autólogos e heterólogos) e 5.396 ciclos OD; e 1.764 ciclos de preservação de fertilidade.
Resultados: Trinta e nove por cento dos ciclos iniciados de FIV/ICSI foram realizados em mulheres entre 35 e 39 anos; e 31% foram realizados em mulheres de 40 anos ou mais. As taxas de parto por aspiração em ciclos de ICSI e FIV foram 20.9% e 26.5%, respectivamente; a frequência de parto múltiple foi 30.2% (27.8% gemelar e 2.4% trigemelar e maiores). Quando se transferiu > dois embriões, não houve um aumento significativo nem na taxa de parto nem na frequência de parto gemelar. Entretanto, a proporção de parto trigemelar aumentou significativamente quando se transferiu ≥ três embriões. Em ciclos com OD, a frequência de parto gemelar e trigemelar foi 27.8% e 2.4%, respectivamente. Em ciclos de FET, a frequência de parto gemelar e trigemelar foi 19.6% e 1.3%, respectivamente. Os partos múltiples se associaram com um aumento significativo na prematuridade e mortalidade perinatal. Em ciclos de IVF/ICSI, a frequência de transferência seletiva de um embrião chegou a 1.4%, e a de dois embriões chegou a 21.0%. A taxa de parto ao transferir seletivamente um embrião foi 24.5%, e ao transferir dois embriões 38.8%. Em mulheres com 34 e menos anos, estas taxas foram 30.0% e 42.0%, respectivamente. E em ciclos de OD, estas taxas foram 29.5% e 40.4%, respectivamente.
Conclusão: Em geral, as taxas de parto relatadas são comparáveis às publicadas por países da Europa. Entretanto, a frequência de parto gemelar, trigemelar ou e maior ordem se mantém alta. Para reducir a frequência das complicações perinatais derivadas da gestação múltipla, é importante restringir as transferências embrionárias a um ou dois embriões.